27 de fevereiro de 2009

As nossas visitas de estudo

Antes do Carnaval, os meninos do pré-escolar foram à Biblioteca Municipal ver a exposição de produções artísticas inspiradas nos contos de Hans Christian Andersen. Como era um bocadinho longe, a meio do caminho descansámos um bocadinho.
Quase a chegar, aproveitámos para ver os passarinhos no Jardim da Alameda.

Na biblioteca, vimos algumas pinturas. Mas as nossas não estavam! Que pena!

Aproveitámos para ler alguns livros

e ouvir algumas histórias.

Depois, ao regressar, vimos pavões


e tartarugas.

Brincámos no parque sénior

e no infantil.

Esta semana, enchemo-nos de coragem, e lá fomos outra vez!

Desta vez, ao Museu Municipal e com os amigos do 1º Ano.

Vimos muitas pinturas

e encontrámos a da Beatriz na parede! A Bruna até a ajudou a posar ao lado da sua obra!

Gostámos muito!

As produções do Bruno, da Inês e dos outros meninos também lá estavam.

A exposição tinha muitas pinturas.

A Margarida também gostou muito de ver.
Era tão alegre e colorida!

Havia trabalhos de muitos meninos das escolas de Faro:

Colagens, pinturas, livros de histórias, cerâmicas...

e até fantoches!
Sentimo-nos muito inspirados! Assim, à tarde, resolvemos fazer uma produção para enviar aos nossos amigos correspondentes de Coimbra.
Acham que eles vão gostar?

3 comentários:

Anónimo disse...

Venho por este meio demonstrar o meu desagrado com a escolha do título para este blog: «A Malta Surda das Escolas de Faro».
Se um dos objectivos é a inserção de crianças com problemas auditivos numa comunidade global, considero um pouco de mau tom o uso do termo «Malta Surda», sabendo o sentido pejorativo que tal afirmação pode conter, para além de demonstrar um conceito de alguma diferenciação em relação a outras crianças das escolas de Faro em geral que não padeçam de tal condição, logo indo contra o objectivo de inserção referido anteriormente e da não criação de desigualdades (que considero correcta e fundamental).
Certamente este título não foi escolhido com essa intenção, não estando por isso com a minha afirmação a acusar o/a responsável por tal opção, estou apenas a dar a minha opinião pessoal em relação a uma escolha que considero um pouco infeliz.

Rosa Horta disse...

Olá, Bruno
Obrigado pelo seu comentário e pela sua opinião.
Eu sou uma defensora da inclusão, penso que a sociedade é, necessariamente, heterogénea e que todos nós ficamos enriquecidos com isso. Desse modo, numa escola, todas as crianças, com ou sem deficiências, têm direito a lá estar e a conviver e aprender com os seus pares. E estes aprendem também, e muito, com elas.
As crianças surdas são, no entanto, uma excepção. Não sei se sabe, mas a grande parte são filhos de pais ouvintes. Logo, quando é detectada a surdez, os pais não sabem a língua gestual portuguesa, que é a língua a que naturalmente as crianças surdas podem aceder. Deste modo, é essencial que as crianças surdas possam conviver precocemente com outros surdos, crianças e adultos, para que tenham a hipótese de se sentirem incluídos, de aprenderem uma língua, de sentirem que é possível comunicarem com alguém, de se fazerem entender e de serem entendidos.
Se o Bruno consultar um dos documentos mais marcantes a favor da inclusão - a Declaração de Salamanca - poderá verificar que as crianças surdas constituem a única excepção. Se se colocar uma criança surda numa turma de ouvintes, isso consttuirá a pior forma de exclusão, pois ela ficará completamente isolada, sem possibilidade de comunicar com ninguém. Para que exista inclusão, elas têm que estar com outros surdos.
É evidente que procuramos também incluí-las na sociedade. Por essa razão, os pais são convidados a aprender a língua gestual, as crianças frequentam a terapia da fala, para que aprendam a falar sempre que têm a possibilidade de o fazer e realizam-se actividades em conjunto com crianças e adultos ouvintes, pois elas têm que aprender a viver nos dois mundos.
Por último, gostaria de lhe dizer que a escolha do nome não foi uma imposição de um responsável, mas uma decisão tomada por consenso, em equipa, da qual fazem parte pessoas surdas e ouvintes.E com muito orgulho em fazerem parte desta "malta surda".
Um beijinho e obrigada pelo seu interesse pelo nosso blogue.

Aida Rita disse...

Olá Bruno!
Compreendo perfeitamente a sua preocupação relativamente à possibilidade do nome "Malta surda..." poder ser entendido como pejorativo. Contudo, como Psicóloga e mãe de um surdo, aprendi que as palavras não me assustam, o que me assusta é o conceito que as pessoas fazem delas. Quando soube que o meu filho era surdo, assumi esse facto e aceitei-o. Assumi que o meu filho era surdo, significando surdez, de facto o não ouvir. Lembro-me de ver pessoas "gozar" com pessoas que ouvem mal. Nunca foi o meu caso e, talvez por isso, não me cause grande desconforto a palavra surdo. Com uma diferença, é que estes surdos de que falamos aqui são surdos mesmo, ou seja, pessoas que não ouvem de todo, ou ouvem muito pouco. Não estamos a falar de pessoas que foram perdendo a audição, estamos a falar de pessoas surdas. Tal como quando falamos de cegos não falamos de pessoas que têm menos visão e usam óculos, falamos daqueles que não conseguem ver de todo.
Está aperceber Bruno porque é que não me assustam as palavras? Elas são o que são, o que pensamos acerca delas é que faz toda a diferença.
A propósito, queria também esclarecer que, neste Blogue, não se está apenas a falar das crianças pequenas, mas de todos os surdos (crianças e jovens) que frequentam as escolas de Faro, daí o nome "Malta".
Obrigado pela sua opinião, escreva sempre. As suas sugestões poderão ser muito úteis não só para melhorarmos, mas também para podermos esclarecer alguma coisa coisa que tenha ficado menos clara.